Quick Note – Junho 2021


As melhores perspectivas de crescimento do PIB para 2021, agora da ordem de +6% – e a consequente queda no indicador dívida/PIB – trouxe de volta o fluxo para o mercado de ações, especialmente nas empresas ligadas ao mercado doméstico. Contribuiu fortemente para isso o avanço da campanha de vacinação, com mais de 25% das pessoas elegíveis já vacinadas em 1a dose. A vacinação entra agora num ritmo ainda mais forte, projetando um segundo semestre de resultados robustos para as empresas. O Real também valorizou quase 3% nesta primeira quinzena, num movimento iniciado no final de março, quando o dólar valia cerca de R$ 5,80 – fechou a R$ 5,04 hoje. 

O fluxo de estrangeiros (R$ 15 bilhões neste mês) fez com que as ações com maior peso no Ibovespa performassem bem, à exceção de Vale (queda no preço do minério) e das siderúrgicas (valorização do R$). Os bancos (+8% no mês, na média) e Petrobras (+9% no mês) foram os destaques, além de Natura e Ambev. Os maiores perdedores em junho foram as empresas de commodi&es, como Vale, Suzano, JBS e Gerdau, além da B3 e Notredame Intermédica. 

Os destaques do nosso por+olio foram o varejo (Lojas Americanas e Via Varejo), bancos (Itaú e Bradesco) e consumo (CVC), enquanto os detratores foram as empresas de commodi&es, saúde e a posição vendida em Índice. Os temas domésticos citados acima somados à saúde e concessões rodoviárias representam cerca de 80% do nosso por+olio.

Olhando para a frente, vemos ainda ótimas condições na Bovespa, com o avanço da vacinação, fluxo muito forte para a bolsa (especialmente de estrangeiros), e liquidez abundante nos mercados externos. Várias das companhias que temos no poriólio atingem um público que poupou durante a pandemia, e que volta ao consumo de bens e serviços com a reabertura da economia. Os ganhos de participação de mercado serão sensíveis para as empresas dominantes, em especial as listadas em bolsa de valores. Também os processos de fusões e aquisições têm sido outro catalisador para a valorização das empresas. 

Estamos comprados em 99,5% do PL, com exposição bruta da ordem de 180%. Nesta primeira quinzena de junho o fundo subiu 3,4%, acumulando alta de 9,1% neste ano.